Em 2003 eu criava a primeira empresa de apresentações que chamei “no estado da arte”. Quando vc está sozinho no mercado, está nadando em oceano azul. Depois que as empresas adotaram o modelo, crescemos muito. A galera ficou amimada, começando pelos funcionários, claro, e resolver se aventurar.
Eu já previa esse evento então inovamos, fomos para a Europa, escrevemos um livro e marcamos território.

Mas o mercado é cruel. Hoje, a briga por preço e a canibalização rola solto. Rola um “copy” e “paste” do modelo de negócios. Bom por um lado, nos dá vontade de inovar ainda mais, ruim por outro pois alguns amadores se dizem especialistas e as empresas "caem nessa armadilha".
Resolvo sair e vender minha participação, por vários motivos que não interessam para este texto! Monto a The Plot, cuja tradução é trama. Poucos sabem mais não existe história sem uma boa trama (costura de eventos). Nos especializamos em Storytelling e representei o maior guru de roteiros de Hollywood, Robert McKee. Oceano Azul. Escrevi outro livro.

Anos depois, o fenômeno “copy” e “paste” acontece novamente. Dessa vez com muito mais força e com muito mais picaretas. Storytelling vira "modinha".
Em paralelo, montei o Master Talks, em sociedade com Marcos Mion. Importante: Isso foi antes de existir o Master Class, ou seja, não copiamos de ninguém. Criamos o primeiro programa com Amyr Klink. Mas a escassez de tempo e recursos financeiros fizeram com que meu foco fosse na Plot. Em pouco tempo surge o Master Class nos EUA, que hoje somam mais de 150 milhões de doletas em investimento. Não, eles não me copiaram. O fenômeno aqui é aquele em que a mesma ideia é pensada em dois lugares sem terem relação nenhuma.

Hoje, o “copy” e “paste” surge no Brasil, tendo como "copy" o Master Class, e porque não, o Master Talks! Empresas como Courseria e Finclass, usam o mesmo estilo, jeitão de produzir, experiência do usuário no site, entre outros “paste”(s). Não questiono o valor deles, só trago um conjunto de fatos para pensarmos.

Há mais de 4 anos, quando pensei no Master Talks, achei que fosse mais fácil vender on-line. Hoje aprendi o que funciona e o que não funciona. A conta para este modelo de negócios não fecha. A empolgação de ter gente famosa e celebridades acaba cegando os empreendedores. É simples: pagou anúncio, vende. Não pagou, não vende. Não importa os milhões de seguidores que você tem, esquece o orgânico, não rola!
Ficam as dúvidas:
Onde vai parar esse mercado de cursos online com gente famosa?
Onde vai parar o mercado de apresentações?
Como ganhar dinheiro com cursos e com apresentações?
Qual é o novo modelo de negócios do Master Talks? (esse eu já tenho a resposta, mas para evitar o "copy", prefiro ficar na minha)
Moral da história: Não é porque um negócio "parece" promissor que ele é. A Internet não aceita desaforos. Ela (ou eles!) dificulta ao máximo para que você gaste seu precioso dinheirinho. Aprenda com isso e defina para onde você quer ir. E desejo sucesso para esses novos players.
Joni Galvão
Fundador & CEO da The Plot e Master Talks
joni@theplotcompany.com